sábado, 29 de maio de 2010

CRÔNICAS ISBANAS
COLARES

Carnaval é uma festa popular divertidíssima. As pessoas brincam, cantam, dançam, se fantasiam e podem ser o que quiserem.

A música é um dos combustíveis que alimenta e dá energia às pessoas nesses mágicos sete dias de folia. André sabia de tudo isso quando foi à terra de encanto e magia, a tão apaixonante Salvador, tentar descobrir por que todos os amigos que iam pra lá voltavam encantados com os Filhos de Gandhi. Para ele, vestir aquela fantasia era sem graça. Sair daquele jeito, em pleno dia, com um sol escaldante deveria ser insuportável. Mas os amigos riam quando André dizia essas coisas e o provocavam: “um dia você descobre o segredo do colar de Gandhi, um dia...”

Em Salvador, ficou decepcionado ao saber que não havia mais fantasias do Gandhi para comprar. Desesperou-se. Sua ida teria sido em vão? Não desistiu. Juntou-se ao primo, Victor, e foram para o Campo Grande. Enquanto caminhavam, André descobriu que o colar de Gandhi funcionava como um amuleto que atraia as mulheres. Decidiu comprar alguns colares para ver se tudo aquilo era verdade ou mais uma das brincadeirinhas de seu primo.

Chegando ao local da folia, ficou deslumbrado com os trios, as bandas baianas, a música, o ritmo que embalava os corpos da meninas que dançavam, as ruas cheias de pessoas que não se incomodavam com os empurrões, nem com o cheiro forte de xixi. O que elas queriam era se divertir.

Mal pode observar tudo ao redor. Sentiu uma mão deslizar sobre seu pescoço. Levou um susto quando viu uma bela morena ao seu lado. Ia dizer algo, mas ela foi mais rápida e deu um beijo nele. Depois do beijo, só conseguiu ouvir “agora me passa um colar”. Olhou a cara de Victor que fingia não ter visto nada. Entregou um dos colares e viu a moça se distanciar feliz com as outras amigas. Essa cena se repetiu muitas vezes naquele dia. Por algumas horas André pensou que estivesse no paraíso...

Com o fim do Carnaval, ele voltou para casa e contou tudo o que havia acontecido aos amigos. Diferente deles, André não precisou sair vestido de Filho de Gandhi para descobrir o que é que a Bahia tem.



CLARITA CÃMARA - 8º ANO B

5 comentários:

  1. Parabens pela cronica.
    Gostei bastante, pois mostra o lado bonito que Salvador tem, que não é so a pobreza, fome, desigualdade...
    Mostrou realmente os 'poderes' do colar, e da festa mais contagiante que tem aqui, que é o carnaval.

    Alice Brandão 7ªC

    ResponderExcluir
  2. Clarita:
    Parabéns!
    Sua narrativa me fez lembrar do nosso carnaval. Uma festa sem igual. O mundo pára para assistir! Que bom seria se toda a euforia do povo fosse voltada para o bem de si e do próximo, mas... quanta violência, exclusão, descriminação...
    Realmente os colares dos Filhos de Gandhi já fazem parte deste universo.
    Valeu!
    Claudia Blanc

    ResponderExcluir
  3. Parabéns Clarita, sua crônica ficou muito boa, mostrando uma a melhor coisa que temos aqui em salvador.
    Lara 7ªC

    ResponderExcluir
  4. Adorei a sua crônica Clarita,parabéns !
    Você mostrou de uma forma criativa que ao contrário do que muitas pessoas pensam,o carnaval de Salvador também tem muitas coisas positivas.
    Parabéns ! :D
    Mariana Nunes - 7ªA

    ResponderExcluir
  5. Clarita,
    Você retratou muito bem um dos atrativos do nosso carnaval!Parabéns!!!
    Beijos,
    Cristina Boaventura

    ResponderExcluir